A Arte da Representação

Por força das “redes sociais”, estamos numa época de “representação”, uma época artificiosa em que as pessoas não valem pelo que são, mas sim pelo que “representam”.

Olhe em volta, olhe para dentro, constate isso, é fato. Quase tudo é ativismo e militância.

Pior : muitas vezes nossos “papéis” nem são escolhas nossas, em profundidade, e sim “papéis atribuídos” pela sociedade, e não sabemos, simplesmente desempenhamos !
E quase tudo perdeu poder de transformação real porque se tornou raridade toda espontaneidade do mundo.
Representar, dramaturgicamente, é incorporar-se de um personagem, é “assumir um papel”.
Estamos, assim, fazendo parte de uma grande peça de Teatro, para o bem ou para o mal, em farsa, drama, comédia ou tragédia.

E nada é real.

Real é o sopro soturno e fragoroso
da brisa indiferente ao vozerio da humanidade insana.