Paradoxo de Fermi

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Cosmologia, Cosmogonia, “inutilidades supérfluas”,elocubrações pretensiosamente explicativas à luz cambaleante da mais pura razão, o tipo de papo que, francamente, humildemente, eu adoro…

Vejo como, num passar de ano novo (como o que vivemos agora), em que o mundo se compraz em admirar-se de sua pseudo-grandeza, de tantas esperanças e desejos, gratidões explodindo nos fogos de Sidney, nas festas feéricas de Nova York a Pequim, a explosão de todos os povos vestidos de branco,das praias de Copacabana, de Miami ou de Lisboa, de todos os brilhos e paetês de Paris, das pistas de Ibiza às luzes do Hyde Park, as praças de Milão,salões de Viena, os muitos brindes de Barcelona e Madrid, os frenesís de Dubai, de AbuDhabi, as luzes da Baía de Toquio, a grande celebração da fartura e da tão volátil riqueza humana, em que os espíritos se elevam a gratidões e votos de felicidade e comunhão com as forças supremas que nos regem, percebo o quanto é pequenininha a nossa realidade. Um arrabalde do Universo, nosso reveillon é o mero espoucar de uma pipoquinha infinitesimal, um traque, estalinhos de salão num Cosmos onde um gigantismo de reveillon é a toda hora, a toda parte, desde todos os big bangs, e essa imensidão deveria existir e explodir (de) dentro de nós.

( 31 de Dezembro de 2014)